Após a morte de Josué, houve um período em que a Terra Prometida já tinha sido conquistada pelos israelitas, porém não havia ainda o domínio completo do território, o que levaria os israelitas a várias batalhas com tribos cananitas. Além disso, com o território dividido pelas tribos de Israel, havia uma certa separação do povo, não se constituindo assim uma nação unificada. Esse período, que durou até que Saul fosse proclamado Rei de Israel, foi conhecido como a Era dos Juízes. Em geral, os juízes surgiam em diferentes tribos de Israel, não se podendo dizer que lideravam todo o Povo todo, como em uma nação unificada, com um Rei. Isso só iria acontecer na época de outro juiz, Samuel, que, após os clamores do Povo por um Rei, ouviu a vontade de Deus e ungiu o Rei Saul, dando início ao período dos Reis de Israel.
Foi um período turbulento, em que os israelitas repetidamente sucumbíam à idolatria, adorando outros deuses e provocando a ira do Senhor. Deus então punia o Povo, fazendo fortes seus inimigos. Mas depois escolhia um juiz, para julgar e liderar o Povo contra as nações da região. Cada juiz levava Israel a períodos de paz e prosperidade, porém, depois que terminava seu tempo, o Povo desagradava novamente a Deus e caía em desgraça, até que outro juiz fosse escolhido. As narrativas que mais se destacam são as de Débora, Gideão, Jefté e Sansão, sendo que também é contada a história do filho de Gideão, Abimeleque. Mas este não foi exatamente um juiz, pois não foi escolhido por Deus. É tido por muitos como um primeiro rei de Israel, ou uma primeira tentativa nesse sentido, e que não terminou bem.
O Livro dos Juízes mostra que a Aliança com Deus precisa ser mantida com determinação e fé, não é algo de via única. Além disso, fica clara a falta de unidade entre as Tribos de Israel.