A Carta aos Gálatas
O Livro
Depois do ministério de Jesus, a atividade dos seguidores pode ser verificada em Atos dos Apóstolos, que descreve suas viagens e dificuldades ao pregar o Evangelho pelo mundo. Outro registro dessas atividades são as cartas que enviaram às comunidades cristãs, quando não podiam lá estar. Assim se deu em relação aos gálatas, a que Paulo dirige uma mensagem de fé e perseverança, diante dos desafios que aqueles cristão tinham pela frente.
Antecedentes
A principal questão que pairava sobre as Igrejas da Galácia dizia respeito aos judeus convertidos, que insistiam em fazer valer a antiga lei judaica, com costumes como a circuncisão. Além disso, os convertidos do paganismo também se deixavam influenciar pelos antigos costumes, muitas vezes contrários à doutrina cristã, com liberdades excessivas. A carta de Paulo buscava cuidar das dúvidas de ambas as influências, lembrando que mais importante do que a lei era a fé, e que os cristãos deviam manter-se firmes em uma vida dedicada ao Espírito.
A Fé Libertadora
Apesar da origem judaica de Cristo, Paulo ressalta que Jesus veio aos homens trazer a mensagem de um Novo Reino, uma nova vida no Espírito. Essa Boa Nova se contrapõe à lei antiga, que embora dissesse respeito à religião muitas vezes era praticada sem fé. Desse modo, boa parte da lei teria vindo da carne, e não do Espírito de Deus. Assim, sem a fé e sem Cristo, a lei escravizava os homens, e foi para libertar os homens que Jesus se sacrificou. Foi o martírio do Filho do Senhor que libertos os pecadores para a nova vida, uma vida de amor e acolhimento.Da mesma forma que a lei sem fé escravizava os homens, também os costumes pagãos os escravizavam, ao prende-los aos sentimentos baixos ligados à carne. O dever do cristão era praticar o amor e a tolerância para com os pagãos convertidos, mas mantendo-se firmes em não permitir que os hábitos corruptos penetrassem a comunidade, criando assim o melhor ambiente para o crescimento da Igreja e a correta transmissão da palavra de Deus.